top of page
Manolito, assim o chamamos

Manolito, assim o chamamos

de Gustavo Roldán

 

O novo livro de Gustavo Roldán – Manolito, assim o chamamos – chega ao Brasil disposto a gerar muita discussão. Manolito é um bicho grande e cabeludo, que tem um quê de elefante e transborda simpatia. Tudo o que ele quer é entrar na casa de uma certa família e não mede esforços para realizar seu desejo. 

O livro foi todo desenhado e colorido com marcadores permanentes, nas cores verde, vermelho, laranja e preto, deixando o branco do papel em evidência. A escolha do material parece muito acertada: o desejo de Manolito é ficar. Os traços e formas simples predominantes na ilustração cedem todo protagonismo a Manolito – bicho encantador mesmo que seus métodos de convencimento não sejam os mais apropriados – e colaboram para enaltecer o teor da história. 

Cheio do humor e doçura tão peculiares à obra de Roldán, Manolito é um livro que dá muito a pensar, levantando questões tanto contemporâneas quanto atemporais, as quais não têm respostas simples e diretas. Leitura complexa, exige do leitor reflexão, fazendo com que retome seu entendimento sobre inclusão, desigualdade, imigração, empatia e sobre si mesmo, o modo como se relaciona com o mundo e com o outro neste embate entre o dono da casa e Manolito. 

Ao longo do livro se torna difícil escolher um lado, seja pelo fato de Manolito ser tão simpático – ou talvez tão irritante – seja porque o dono da casa, embora no direito de sua privacidade e propriedade, talvez esteja deixando vazar seus próprios preconceitos.

Este é um livro um tanto autobiográfico, como relata o autor. Nascido na Argentina, Roldán flertou com vários lugares até que chegou a Barcelona e, absolutamente encantado, decidiu ficar, o que conseguiu, segundo ele, devido a sua inabalável teimosia. Em um jogo preciso entre imagens e palavras, Manolito nos coloca frente a questões imprescindíveis e para as quais, muitas vezes, não dedicamos uma reflexão ampla e ponderada. Roldán nos convida a refletir de maneira profunda e transgressiva sobre conceitos arraigados que permeiam nosso dia a dia.

  • Sobre o autor:

    Gustavo Roldán nasceu na Argentina, em 1965 e atualmente vive em Barcelona. Publica em diferentes mídias e realiza exposições desde 1985. É autor de diversos livros, com traduções em onze países. No Brasil, publicou O senhor G., Como reconhecer um monstro, Para noites sem sono, Histórias de Coelho e Elefante e O rio do jacaré.

     

  • Manolito, assim o chamamos

    Texto e ilustração: Gustavo Roldán

    Tradução: Dani Gutfreund

    40 páginas

    4 x 4 cores

    24 x 17,5 cm

    Isbn 978-65-86167-04-7

     

    Livro-álbum

    Leitores iniciantes e autônomos,

    um livro para todas as idades

     

R$42,00Preço
Quantidade
bottom of page