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Triz

texto e ilustrações: Leo Lionni

tradução: Dani Gutfreund

isbn 978-65-86167-02-3

32 páginas

22 x 27,5 cm

Livro-álbum

para leitores iniciantes e em processo

R$ 46,00

Triz é um peixinho diferente de todo seu cardume. Um dia, algo ruim acontece, e ele escapa por um triz, talvez porque nadasse mais depressa, talvez por sua coragem que vamos conhecer ao longo da leitura, enquanto ele enfrenta a tristeza e a falta, se aventurando nas profundezas dos mares, descobrindo suas maravilhas. Até que encontra um novo cardume tal qual o seu. Esses instantes em que se pode mudar tudo abrem sempre brechas para algo maior. E Triz, que era também engenhoso e muito generoso, nos mostra diferentes modos de ver.

Um clássico da literatura, publicado originalmente em 1963, Triz é extremamente atual, e nos fala da importância da vida em comunidade e de como, juntos, podemos mais. As ilustrações, utilizando pintura e técnicas gráficas, revelam seu fazer ao mesmo tempo que nos fazem imergir no fundo de um mar particular e fantástico. As manchas e formas se acomodam de acordo com a experiência do leitor, que completa o que não se vê.

Leo Lionni é um dos mais importantes autores da história do livro-álbum. Seus livros são atemporais e suscitam reflexões fundamentais. Com finais abertos, evitam o tom moralizante e permitem que os leitores reflitam e tomem suas próprias decisões. Sobre Triz, o autor disse: “Triz poderia ter sido uma história complexa e pesada se um ditador cruel tivesse massacrado uma cidadezinha inteira e apenas uma criança tivesse escapado. Seria necessário contextualizar historicamente e justificar os personagens, e todas as complexidades dos termos humanos. É claro que essas histórias podem ser escritas. Tolstói poderia escrevê-la, assim como Hemingway. Mas eu não sou romancista. Contar e ilustrar tal épico em 30 páginas para crianças seria uma tarefa insana.” O que ele talvez não soubesse é que fez isso tão bem.

Leo Lionni nasceu em Amsterdã, na Holanda, em 1910. Sua mãe era cantora de ópera e seu pai, contador. Viveu na Bélgica e nos Estados Unidos até voltar para a Europa, mudando-se para a Itália. Em 1931, mudou-se para Milão e logo começou a trabalhar em propaganda e design. Em 1939, retornou aos Estados Unidos. Foi em uma viagem de trem com seus netos que criou a história de seu primeiro livro. Para distrair as crianças, rasgou uma folha da revista que levava consigo e começou a contar a história de azul e amarelo, amigos inseparáveis, que, juntos, se transformavam em outra cor. O problema é que nem todo mundo entendia o que tinha acontecido com eles. Pequeno azul e pequeno amarelo foi publicado em 1959. No ano seguinte, voltou a morar na Itália, dedicando-se totalmente à carreira de escritor de livros para crianças — escreveu e ilustrou mais de quarenta livros. Em 1984, ele recebeu uma medalha de ouro do Instituto Americano de Artes Gráficas. Entre vários outros prêmios, seus livros ganharam por quatro vezes o Caldecott Honor —  Inch by Inch (Pé ante pé), Triz, Frederico e Alexander and the Wind-Up Mouse (Alexandre e o ratinho de corda). Leo Lionni morreu em 1999, na sua casa na Toscana.

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