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pequeno azul e pequeno amarelo

pequeno azul e pequeno amarelo

de Leo Lionni 

 

Lionni é um grande conhecedor das mais profundas questões humanas e seus livros as retratam de maneira extremamente simples, com muita sutileza e densidade. Embora tenha afirmado não estar tratando de racismo em pequeno azul e pequeno amarelo, é impossível não pensar nisso e em aceitação, inclusão.

Em sua autobiografia [Between Worlds, the Autobiography of Leo Lionni, Knopft, 1997], o autor conta que fazer este livro foi “um pequeno milagre”. Ele tinha que ir de trem de Nova York para sua casa em Greenwich, com Pippo e Ann, seus dois netos. Era a primeira vez que ficava sozinho com os pequenos. Eram adoráveis, inteligentes e muito sapecas, mas, dada à situação inusitada de estarem apenas com o avô ou à multidão que transitava pela estação, se comportavam bastante bem. Quando se acomodaram num vagão ainda vazio, não precisou de mais do que uns poucos minutos para começarem a pular de um assento para outro – os anjinhos se transformaram em duas criaturas endiabradas. Lionni percebeu que precisava de uma solução criativa, mas principalmente rápida, porque o trem enchia num sem tempo. E foi aí que tirou de sua pasta uma revista Life – era diretor de arte da revista na época – e começou a falar qualquer coisa divertida sobre os anúncios que viam, até que teve “a” ideia ao se deparar com uma folha com um desenho em azul, amarelo e verde. “Vou lhes contar uma história”, ele disse cortando em pedacinhos a imagem colorida.

Uma história de amizade, amor, preconceito, aceitação? pequeno azul e pequeno amarelo, como todos os grandes livros de Lionni, é tudo isso e muito mais. Por meio de pedaços de papéis rasgados em cores sólidas, que ele entendeu serem mais orgânicos para representar as personagens – além de mais imperfeitos –, o autor toca em questões profundamente humanas, trazendo a política para o dia a dia. Como ele faz isso? Pensando na composição da imagem, dispondo os papéis rasgados nas páginas duplas, criando movimento e evocando estados de ânimo. Sim, além de tudo, como se espera de um bom livro-álbum, Leo Lionni envolve o livro em toda sua materialidade para narrar a história.

  • Sobre o autor:

    Leo Lionni nasceu em Amsterdã, na Holanda, em 1910. Sua mãe era cantora de ópera e seu pai, contador. Viveu na Bélgica e nos Estados Unidos até voltar para a Europa, mudando-se para a Itália. Em 1931, mudou-se para Milão e logo começou a trabalhar em propaganda e design. Em 1939, retornou aos Estados Unidos. Foi em uma viagem de trem com seus netos que criou a história de seu primeiro livro. Para distrair as crianças, rasgou uma folha da revista que levava consigo e começou a contar a história de azul e amarelo, amigos inseparáveis, que, juntos, se transformavam em outra cor. O problema é que nem todo mundo entendia o que tinha acontecido com eles. Pequeno azul e pequeno amarelo foi publicado em 1959. No ano seguinte, voltou a morar na Itália, dedicando-se totalmente à carreira de escritor de livros para crianças — escreveu e ilustrou mais de quarenta livros. Em 1984, ele recebeu uma medalha de ouro do Instituto Americano de Artes Gráficas. Entre vários outros prêmios, seus livros ganharam por quatro vezes o Caldecott Honor — Inch by Inch (Pé ante pé), Triz (também publicado pela Livros da Matriz), Frederico e Alexander and the Wind-Up Mouse (Alexandre e o ratinho de corda). Leo Lionni morreu em 1999, na sua casa na Toscana.

  • "pequeno azul e pequeno amarelo"

    Texto e ilustrações: Leo Lionni

    Tradução: Dani Gutfreund

    isbn 978-65-86167-15-3

    48 páginas

    20 x 20 cm

                                                                              

    Livro-álbum

    Para leitores de todas as idades

R$52,00Preço
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